domingo, 18 de junho de 2017

Festa Junina, meu filho pode participar?


Hésed Shalom aleichem!
Jeová de Aquino
Nessa época do ano sempre me perguntam se é lícito deixar os filhos participarem da festa junina na escola. Acredito que, melhor do que dar uma resposta pronta, é fazer refletir.
A primeira coisa que precisamos entender é a origem das festas juninas. Segundo historiadores, a festa era o rito pagão de alguns povos, entre eles celtas e egípcios, e sua finalidade era fazer oferendas e pedidos aos deuses para se obter uma boa colheita. Uma das deusas homenageadas era Juno, esposa de Júpiter, e as festas eram chamadas de “junônias”. Embora hajam relatos de que os índios já faziam uma festa com características semelhantes antes da chegada dos portugueses ao Brasil, ela foi incorporada à cultura através da igreja católica, em homenagem aos santos do mês de junho: Antônio (13), João (21) e Pedro (24).
Mas, vamos aos símbolos!
FOGUEIRA: Representa a proteção contra os maus espíritos. Vale lembrar que muitas crianças eram sacrificadas na fogueira no ritual pagão ao deus amonita Moloque (Levítico 18.21; Jeremias 32.35).
MASTRO: Mais uma referência aos deuses e seus rituais. Era comum os cananeus erguerem postes no altos dos montes em adoração à deusa Aserá . Ela estava ligada à fertilidade e o formato do “poste” lembrava o pênis.
PAU DE SEBO: Referência do mastro, mas este, em vez de ter bandeiras e danças ao seu redor, é melado com sebo. O objetivo é o prêmio no alto do pau. Acho que dispensa explicações.
BANDEIRINHAS: Surgiram por causa dos santos. Geralmente vinham como estandartes e com a impressão do rosto dos santos (Deuteronômio 4.16).
QUADRILHA: A dança fazia parte do rito cultual aos deuses e ganhou força com a quadrilha, de origem francesa, cujo objetivo é agradecer aos santos pela colheita.
CASAMENTO: Uma sátira ao casamento tradicional: A menina engravida, o noivo não quer casar e precisa ser levado à força… Apesar de ser muito engraçado nas quadrilhas, a realidade é dura e nada engraçada, mas que imagem é criada na mente das crianças?
BALÃO: Hoje proibido por lei, mas ainda muito em evidência, faz referência às lanternas que serviam para avisar do início das festas, reverenciar os santos e também levar os pedidos aos deuses.
Não vou entrar nos aspectos das simpatias e lavagem dos santos porque não costuma ser prática nas escolas. Mas só pelo que já temos, acredito que seja o suficiente para uma reflexão da postura cristã em relação às festas juninas.
Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo o espírito, alma e corpo de vocês seja conservado irrepreensível na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23.
Pr. Jeová de Aquino 
Presidente do Ministério Batista Ebenézer

Min. Pr. Jeová de Aquino

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